Com certeza você já se deparou com alguma informação sobre essa infecção que você não sabia, não é mesmo? Que tal acompanhar nossa matéria e anotar todas as coisas das quais você não tinha conhecimento? Leia nossa matéria e anote tudo, quem sabe esse artigo possa ajudar você a auxiliar outras pessoas?
A candidíase é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, principalmente Candida albicans, que biologicamente está presente em nossa microbiota. No entanto, devido ao desequilíbrio nesta microbiota, o fungo pode ter uma multiplicação desenfreada, levando ao processo infeccioso. Isso ocorre devido à umidade, maceração de tecido, procedimentos invasivos e quando ocorre o enfraquecimento do sistema imunológico. A infecção também pode estar associada ao uso de antibióticos, anticoncepcionais, imunossupressores e corticoides, à gravidez, diabetes, alergias e ao HPV (papilomavírus). A doença pode acometer homens, bebês, crianças, adultos e idosos.
Com sintomas desconfortáveis e, às vezes, perigosos, a candidíase pode variar desde uma simples infecção na pele até comprometer o sistema nervoso central e órgãos internos, podendo levar à morte.
1. Tipos de Candidíase:
Candidíase Vaginal: Esta é a forma mais comum de candidíase em mulheres. Causa sintomas como coceira intensa, corrimento vaginal espesso e branco, dor durante a relação sexual e vermelhidão. Candidíase Oral (Sapinho): Afeta a boca e a garganta, causando manchas brancas na língua, boca e garganta, além de dor e dificuldade para engolir. Candidíase Cutânea: Afeta a pele, causando erupções cutâneas vermelhas e coceira. Candidíase Esofágica: Uma forma mais grave que afeta o esôfago, geralmente em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. Candidíase Sistêmica: Acomete órgãos internos e pode ser grave, principalmente em pacientes imunocomprometidos.
Ok, disso você não sabia, certo? Poucas pessoas conhecem a quantidade de tipos de candidíase que existem e que podem afetar nosso organismo. Por falta de conhecimento, muitas pessoas acabam negligenciando, o que pode causar um risco ainda maior.
Várias causas e fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento da candidíase, sendo importante ficarmos atentos aos sinais do nosso corpo. Aqui estão as principais causas e fatores de risco associados a essa infecção:
- Antibióticos: O uso de antibióticos é uma das principais causas da candidíase. Antibióticos podem eliminar as bactérias benéficas que normalmente mantêm o crescimento de Candida sob controle.
- Mudanças hormonais: Alterações nos níveis hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez, menstruação, uso de contraceptivos orais ou terapia de reposição hormonal, podem tornar o corpo mais suscetível à candidíase.
- Diabetes: Pessoas com diabetes descontrolado podem ter níveis elevados de açúcar no sangue, criando um ambiente propício para o crescimento de Candida. A candidíase é mais comum em pessoas com diabetes.
- Sistema imunológico enfraquecido: Qualquer condição médica ou tratamento que enfraqueça o sistema imunológico, como o HIV/AIDS, quimioterapia ou uso de corticoides, pode aumentar o risco de candidíase.
- Vestuário inadequado: Roupas íntimas apertadas, não respiráveis e úmidas podem criar um ambiente favorável ao crescimento de Candida na região genital.
- Sexo desprotegido: A candidíase pode ser transmitida entre parceiros durante relações sexuais desprotegidas, embora não seja considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).
- Uso de produtos irritantes: Produtos de higiene pessoal, como sabonetes ou duchas vaginais, podem perturbar o equilíbrio da flora vaginal saudável e aumentar o risco de candidíase.
- Dieta: Uma dieta rica em açúcar e carboidratos refinados pode promover o crescimento de Candida, uma vez que esse fungo se alimenta de açúcares.
- Gravidez: Mudanças hormonais e aumento da glicose vaginal durante a gravidez podem aumentar o risco de candidíase.
- Uso de dispositivos intrauterinos (DIU): Alguns estudos sugerem que o uso de DIUs pode estar associado a um risco ligeiramente aumentado de candidíase.
É importante observar que muitas pessoas podem ser expostas a esses fatores de risco sem desenvolver candidíase. Além disso, fatores individuais e a interação de vários elementos podem influenciar a suscetibilidade de uma pessoa à infecção. Portanto, reforçamos a importância de estarmos sempre atentos aos sinais do nosso corpo.
Agora você deve estar se perguntando: Quais são os sintomas? Muitas vezes é possível que você já tenha tido uma candidíase, visto que é comum, principalmente em mulheres, devido à rotina, ao uso de roupas mais apertadas, ao ciclo menstrual, ao uso de contraceptivos, entre outros. Os sintomas variam dependendo do tipo de candidíase, mas geralmente incluem coceira, vermelhidão, inchaço, dor e, nos casos de candidíase vaginal, corrimento anormal. Em casos mais graves, podem ocorrer feridas, rachaduras e placas brancas nas áreas afetadas, por isso a importância de nos mantermos sempre atentos!
O tratamento: O tratamento da infecção varia de acordo com o estágio em que a infecção se encontra, assim como o local que ela atingiu. O tratamento para a candidíase envolve o uso de antifúngicos para eliminar o crescimento excessivo do fungo Candida e aliviar os sintomas.
- Antifúngicos tópicos:
- Cremes antifúngicos: Esses cremes são aplicados diretamente na área afetada, como a vagina (no caso da candidíase vaginal) ou a pele (no caso de candidíase cutânea). Alguns exemplos de antifúngicos tópicos incluem clotrimazol, miconazol e terconazol.
- Supositórios: Supositórios antifúngicos são inseridos na vagina para tratar a candidíase vaginal. Eles contêm a mesma classe de antifúngicos encontrados nos cremes.
- Antifúngicos orais:
- Comprimidos orais: Em casos mais graves de candidíase ou quando os tratamentos tópicos não são eficazes, o médico pode prescrever comprimidos antifúngicos, como o fluconazol. Isso é mais comum em casos de candidíase esofágica ou sistêmica.
- Tratamento adjuvante:
- Para casos recorrentes de candidíase, o médico pode recomendar tratamentos adicionais, como terapias hormonais (no caso de desequilíbrios hormonais) ou o tratamento de condições médicas subjacentes, como diabetes.
- Tratamento do parceiro:
- Em casos de candidíase recorrente, o médico pode recomendar que o parceiro também seja tratado, mesmo que não apresente sintomas, para evitar a reinfecção.
- Medidas gerais:
- Durante o tratamento, é importante seguir as orientações do médico e completar o curso de tratamento, mesmo que os sintomas melhorem antes de terminá-lo.
- Evite relações sexuais até que a infecção esteja completamente resolvida para evitar a reinfecção.
- Mantenha uma boa higiene íntima e use roupas íntimas de algodão e soltas para permitir a ventilação da área genital.
- Evite produtos irritantes, como sabonetes perfumados ou duchas vaginais.
E, como uma boa informação nunca é demais, ainda podemos contar com plantas medicinais para auxiliar no tratamento da infecção, tais como o curcumin (curcumina), a berberina e a magnólia. Além disso, também podemos contar com a ajuda dos lactobacilos, principalmente as cepas Lactobacillus crispatus, Lactobacillus gasseri, Lactobacillus iners e Lactobacillus jensenii. Esses lactobacilos vaginais têm sido elogiados por prevenir a invasão de patógenos, mantendo sua população sob controle.
Lembre-se de que é essencial consultar um profissional de saúde para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento específico para o seu caso. A automedicação não é recomendada, pois o uso inadequado de medicamentos antifúngicos pode levar a problemas de resistência e recorrência da infecção. Ah, e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida.
Com carinho, Farmácia Débora!